By Odilon Machado de Lorenço

Aquelas horas à deriva em tempestade no mar Sem uma enseada, uma pedra, somente a relva do mar Os corais eram azuis e um barco desancorado vogava à mercê do mar Nadavam ali sereias, como luzes delirantes cantavam a morte no mar Marinheiros se encantaram, se perderam, enlouqueceram nas águas daquele mar Viam cosmos que nasciam nos olhos vindos das águas no envolto do groso mar Havia ainda lembranças de outros mares, de lonjuras, mas ali ventos em fúria rompiam velas ao mar Naufragaram os navegantes, o barco foi afundando e foi indo na corrente ao fundo do bravo mar Marinheiros eram tantos nascidos pra navegar, calaram luas de águas, dias de porto e milhas de mar Foi-se ali suas venturas balindo aos sinos cantantes do aconchego do mar Havia a grande miragem dos desterrados no mar Cantavam mais as sereias o canto mavioso da espera do mar Marinheiros ouviam cantos de céus e amarrados aos mastros afundavam no mar.
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