Anderson Lucarezi: Constelário (2016)
sequer o céu é sincero: a estrela que cintila não é a estrela que cintila, visto que, na real, imagem antiga. o escuro que anoitece não é o escuro que anoitece, visto que, de onde vem, já se fez brilho. iria, eu, de volta, fosse aceito, a um céu do presente em que uma estrela extrapolasse ser mera brasa enganosa: talvez, quem dera, farol (visto que agora é lanterna traseira) de um carro-tempo mais-que-perfeito.
Os poemas a seguir foram selecionados da obra Constelário (Ed. Patuá, 2016).

Anderson Lucarezi (São Paulo, 1987) é escritor, professor e tradutor. Publicou Réquiem (Ed. Patuá, 2012), livro vencedor do Programa Nascente USP 2011, e Constelário (Ed. Patuá, 2016). Como tradutor, dedica-se a trazer para o português as obras de poetas norte-americanos como Hart Crane, Jerome Rothenberg, John Gould Fletcher, entre outros. Faz, atualmente, mestrado em Letras Estrangeiras e Tradução na Universidade de São Paulo.

Reblogueó esto en Poeta da Garrafa.
Me gustaLe gusta a 1 persona