Máquina do tempo by Viviane de Paula

O rosto é um baú de recordações e, em cada linha, uma nostalgia de tudo o que fui.  O corpo não cabe em seus estereótipos, nem na calça jeans número 36. Não cabe em minhas orações ou em seus pensamentos libertinos. Gravidade não se discute, aliás, amor também não, muito menos para onde meus seios apontam.

Tenho muito pouco a dizer. Sentada aqui fora, olhando a chuva cair, numa tarde fria de fevereiro, percebi que me acomodei nesta pitoresca deformidade d’alma. O que aconteceu com rosto bonito do espelho? Cadê a inspiração para falar de amor? E a vivacidade para discutir sobre coisas fúteis?

“Não importa a idade que temos, há sempre um momento em que é preciso chamar um adulto” (Marta Medeiros).

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